Encerrar compensação e não cumprir compromissos da greve de 2022 é demonstração de desrespeito com servidores

Na segunda-feira (18/09) a direção do INSS encaminhou e-mail no qual informa que está mantido o prazo para compensação da greve de 2022 para o dia 30 de setembro próximo.

Cabe lembrar que, desde a transição de governo e depois em todas as audiências que tivemos com a gestão do INSS, os representantes do Coletivo Mudança e Renovação e a FENASPS vêm pleiteando que a greve do INSS seja considerada totalmente compensada, seja porque o impacto na análise de benefícios decorrente da paralisação já foi resolvido, como pelo dever moral do Governo Lula, visto que os servidores do seguro social foi uma das poucas categorias a se insurgir contra a desestruturação do serviço público capitaneada pelo Governo Bolsonaro.

Sobre esse tema, aliás, o atual presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em várias oportunidades se comprometeu a ponderar sobre essa reivindicação e a apresentar uma solução para a questão, de modo que o e-mail da direção do INSS afirmando que está mantido o prazo para compensação da greve de 2022 nos causa total indignação e vai na contramão do prometido pelo Presidente do Inss.

Em função disso, esclarecemos aos servidores que já estamos buscando audiência o presidente do INSS para buscarmos uma solução definitiva para este assunto.

É inadmissível que os servidores do INSS, que foram protagonistas na luta contra a destruição do INSS promovida pelo Governo Bolsonaro e em defesa das suas justas reivindicações, no melhor espírito democrático, sejam punidos por um governo que assumiu com o compromisso de defesa da democracia e reverter o quadro de destruição dos serviços públicos.

A atitude de não considerar a greve de 2022 compensada equivale a reincidir no erro cometido pelo governo Lula em 2009, quando descontou 29 dias de greve do INSS, ainda mais quando esses descontos foram revertidos pelo Governo Bolsonaro em atendimento do acordo de greve de 2022.

Além de que há várias reclamações de servidores que a compensação da greve não estava sendo corretamente contabilizada nos sistemas de abatimento, o que gera insegurança e incertezas em relação ao real débito.

Pior ainda! Nenhum compromisso firmado na greve de 2022 foi efetivamente assumido por este governo. A recomposição do Vencimento Básico está praticamente inviabilizada diante dos menos de 1% anunciados pelo governo para o funcionalismo federal para o ano que vem, e nem mesmo as reivindicações não econômicas, como carreira típica de estado e nível superior, ganharam qualquer concretude até agora, além de declarações de boas intenções.

Não é possível tolerar mais esse desrespeito.

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